segunda-feira, 10 de maio de 2010

Fria escuridão.


Em uma friorenta sala de estar, sozinha, acomodada sobre um tapete áspero amarelo-queimado, ela olha para o teto e pensa no que será dela na próxima manhã sem sol.
Há dias ela não vê o sol, há dias ela também não sorri. Ela pensa sobre quando o verá novamente, embora finja e ache que não quer, seu coração acelera só de pensar em acordar pela manhã, abrir as cortinas e aposentar seu casaco e suas meias até que elas mofem em seu armário escuro.
Mas a questão é que o sol não fala com ela, ele não diz quando irá voltar, nem se a quer novamente. E até que ela consiga entender a linguagem dele, ou até que ele volte para ela, seus dias - embora ela espere que não - serão sempre assim.


AK

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