Que você nunca saiba, amém!

Talvez eu não saiba mesmo te [d]escrever.
Se te chamo e você não me responde, tento encontrar desculpas que nao sejam a minha insignificância pra você.
Se conto uma piada e você não ri, tento não pensar que você é fria, e sim, que eu que sou boba demais.
Se te abraço e você diz "sai menina, oxi", finjo que seja brincadeira, e até sorrio.
Ou talvez eu finja não ligar também pra você...
Mas no fim das contas, espero que você me ame, um terço do que te amo, ao menos.
E honestamente, levo todas as tuas palavras em conta, até mesmo aquelas que - mesmo sem você perceber - me ofendem. Prefiro pensar que você fala tal coisa pro meu bem, nem que seja muito no fundo.
Eu sei que você gosta de mim, ou ao menos torço pra que seja verdade.
Mas não quero que saiba que sempre me espelhei em você, nem muito menos que te acho linda quando está feliz, que adoro suas dancinhas na cozinha. Não quero nem que sonhe o quanto me sinto feliz quando me dizem que nos parecemos e solto um "Deus me livre" pra disfarçar.
Sinceramente, espero que você não chegue a ler isso, prefiro que você continue achando que te suporto apenas por ter surgido do mesmo lugar, e dividirmos os mesmos espaços por toda a minha vida.

Enfim, quero que saiba que te odeio.




(Não descubra nunca o quanto te quero bem, e torço pra tudo dar certo, e eu poder ver teu sorriso a cada dia.)



AK