terça-feira, 17 de agosto de 2010
Avaliação
Sempre, desde pequena eu escrevia, desenhava, e - confissão em primeira mão - tocava o violão do meu pai escondido. Eu realmente não sei porquê, mas eu tinha vergonha de me expor. Expor meus textos era como se eu estivesse derrubando todas as barreiras que tanto demorei pra construir. Barreiras essas que me serviam muito pra fingir que eu estava bem. Que na verdade é o que eu quase sempre fazia, fingir. As pessoas nem sequer notavam no meu olhar. Minha tristeza era tão bem fingida, que o brilho no olhar era confundido com uma alegria irreparável. E me viam como uma garota feliz, independente, inteligente (magra). Não faltava nada pra mim, aí então eu resolvi aprender realmente a tocar violão, e perdi parte da minha frieza. Decidi logo em seguida, expor meus desenhos, só pra os íntimos. Notei que estava começando a chorar por outras coisas além da dor. E por fim criei um blog, voltei a escrever. Desta vez o tornei público, e cada dia mais minha vida está mais aberta. E se eu estiver pensando em ficar triste as pessoas notarão. Será que essas pessoas realmente prestam atenção em mim? Ou apenas no que está mais fácil, e óbvio de se notar? Farei um teste. Se amanhã eu estiver mal, fingirei estar bem, e vice-versa. Verei quantos serão capazes de notar se o que demonstro é verdade, ou fingimento.
Eu tenho uma idéia em esboço de quem seja capaz de me encontrar dentro de mim, e eu não estou nessa lista.
AK
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