Pensando bem, em 1% de erro, lucrei mais que 99% que restavam de acerto.
Consegui acertar no erro, e foi o maior e melhor acerto da minha vida.
AK
quinta-feira, 19 de agosto de 2010
terça-feira, 17 de agosto de 2010
Avaliação
Sempre, desde pequena eu escrevia, desenhava, e - confissão em primeira mão - tocava o violão do meu pai escondido. Eu realmente não sei porquê, mas eu tinha vergonha de me expor. Expor meus textos era como se eu estivesse derrubando todas as barreiras que tanto demorei pra construir. Barreiras essas que me serviam muito pra fingir que eu estava bem. Que na verdade é o que eu quase sempre fazia, fingir. As pessoas nem sequer notavam no meu olhar. Minha tristeza era tão bem fingida, que o brilho no olhar era confundido com uma alegria irreparável. E me viam como uma garota feliz, independente, inteligente (magra). Não faltava nada pra mim, aí então eu resolvi aprender realmente a tocar violão, e perdi parte da minha frieza. Decidi logo em seguida, expor meus desenhos, só pra os íntimos. Notei que estava começando a chorar por outras coisas além da dor. E por fim criei um blog, voltei a escrever. Desta vez o tornei público, e cada dia mais minha vida está mais aberta. E se eu estiver pensando em ficar triste as pessoas notarão. Será que essas pessoas realmente prestam atenção em mim? Ou apenas no que está mais fácil, e óbvio de se notar? Farei um teste. Se amanhã eu estiver mal, fingirei estar bem, e vice-versa. Verei quantos serão capazes de notar se o que demonstro é verdade, ou fingimento.
Eu tenho uma idéia em esboço de quem seja capaz de me encontrar dentro de mim, e eu não estou nessa lista.
AK
sábado, 14 de agosto de 2010
Retificar
Desculpe achar que estava certa, desculpe te fazer acreditar nisso. E principalmente me desculpe por ter te feito pedir desculpas... Pior ainda, por tê-las aceitado.
Mas no fim das contas eu estava, e estou ainda hoje certa. Eu estou, porque mesmo eu tendo a consciencia do meu erro, você tem a consciência do meu acerto. Então ninguém sabe que meu erro é um erro.. E pode até não ser, se você mesmo o considera um acerto, pode ser um acerto por fim.
AK
domingo, 1 de agosto de 2010
A arte de se enganar
A quem você quer se mostrar vencedora?
Uma garota magra, tímida, que ria com quase tudo. Se chamava Lia.
Lia nunca falava sobre seus sentimentos, mas estava claro que era loucamente apaixonada pelo seu namorado, Daniel. Faria o que pudesse por ele, e isso foi cada dia ficando mais intenso. Afastou-se dos amigos. Brigava com a família. E em um curto espaço de tempo Lia já não era mais a mesma garotinha tímida que se divertia num jantar em família, ou em um dia com os amigos. Ela queria sempre estar com ele, e trocou tudo e todos unicamente por ele. Mas como era de se esperar, Daniel já não a levava tão a sério já fazia algum tempo. Ele dizia que não iria fazê-la sofrer nunca, contrariando o velho ditado. E Lia, garota bobinha, acreditou na possibilidade remota de um felizes para sempre. Mas como era de se esperar essa promessa dita em vão por tantas bocas, foi quebrada, e ele há dois ou três meses se divertia nas horas vagas com Claúdia, que era mais saidinha do que Lia, e tinha um sorriso que parava quase todos ao passar. Mas isso não vem ao caso.
Lia doou sua vida a Daniel, e descobriu então sobre seu caso com Claúdia. Ela chorou muito, no ombro de sua amiga de velhos tempos, e a dor foi tão grande que não pode suportar. Lia desmaiou em plena festa. Letícia cuidou dela, e como de se esperar aumentou sua raiva por Daniel, e prometeu que dali em diante ela que cuidaria de Lia.
Letícia volta pra casa transtornada com tal frieza, deita-se e dorme. Ao acordar Lia já está sentada na cadeira de seu quarto, observando as fotos espalhadas pelas paredes, e antes que Letícia diga qualquer coisa Lia fala com palavras soltas que voltou com seu namorado.
Letícia grita, e Lia, para não ficar por baixo, avisa com antecedência que tem um plano, e vai fazê-lo sofrer.
Letícia prefere não discutir, mas no fundo o que mais queria dizer era: A quem você quer se mostrar vencedora?
AK
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